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Brinque com Heráclito (Play the game)

Jogue com os problemas.

Para Heráclito, jogar com os problemas é a chave para ter o poder. O poder vem da atitude similar a de uma criança jogando um jogo divertido e intrigante.

Mover as peças permite descobrir o que funciona ou não funciona, permite olhar para novas alternativas, permite olhar as coisas todas de outro ângulo, de outro prisma.

As idéias criativas fatalmente vêm do manejo incessante dos recursos disponíveis, não importando se os recursos são simples e/ou poucos. Jogar com eles de um lado para o outro abre a criatividade e apresenta novos horizontes ainda não explorados.

Divertir-se também é parte fundamental do jogo e da criatividade. Parte essencial da inovação.

Mova os recursos de um lado para o outro, combine-os de forma divertida. Olhe para o resultado criativo, para o inusitado juntar das partes. Divirta-se com isso.

Dê boas risadas do jogo que você está jogando. Play the game, really play it.

Rir é um mágico recurso para abrir a mente para soluções ainda não pensadas, ainda não cogitadas. Rir alivia, mas também concentra, afina a atenção e move o mundo em direções ainda não propostas anteriormente.

Seja capaz de rir de si mesmo e desconfie de quem não pode fazer isso. O humor ajuda a estimular o fluxo das idéias criativas. Já dizia o físico Niels Bohr: “Algumas coisas são tão sérias que a gente tem que rir delas.”

Play the game. Esta é a chave para o nosso mundo. Ganhar ou perder não importa muito. Jogar – realmente movendo as peças e se divertindo – é o poder.

(Extraído e adaptado do livro “Espere o Inesperado; ou você não o encontrará.” de Roger Von Oech, Ed. Bertrand Brasil, 2003)

Jogo de Futebol - Cândido Portinari

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Acalmar as ondas

Para acharmos uma jóia, devemos acalmar as ondas; será difícil encontrá-la em águas agitadas.

Onde as águas da meditação são claras e calmas, a jóia da mente estará naturalmente visível.

Se uma jóia tiver caído no lago, muitas pessoas agitarão a água até que se torne tão turva que só encontrarão pedras e seixos.

O homem sábio espera que a água se acalme de modo que a jóia brilhe novamente.

Essa é a disciplina do Zen.

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Buenos Aires

Rio de la Plata - Buenos Aires - Argentina

O carro corria veloz pela larga avenida beirando o Rio da Prata.

Cedo, com aquele frio respeitável que faz jus a fama de Buenos Aires como uma cidade “semi-européia”, apesar da pobreza mesclada com a elegância do ambiente. Esta cidade me faz o cenário mental de um respeitável senhor meio inglês, meio italiano, com seu terno impecável, elegante, meio sujinho e puído no colarinho por anos de uso, anos de aristrocacia estudada e pouco dinheiro disponível.

Passamos por uma espécie de ancoradouro, bastante grande. Uma construção inglesa-americana, daquelas que se vê em filmes antigos com praia no tempo frio. Daqueles filmes que vemos as pessoas agasalhadas caminhando na areia em intermináveis conversas em meio ao madeiramento cruzado dos ancoradouros.

O rio estava calmo e completamente dourado pela luz intensa do sol nascente. Emoldurado em dourado-azul havia um sol crescendo em intensidade. Meu pescoço foi ficando bastante dolorido pela insistência em olhar para trás para ver o cais, o sol, o rio, a cor.

O taxi corria macio entre muitos carros, que não se importavam muito com o espetáculo gratuito seguindo sua vida corriqueira de cidade grande.

Seguimos o caminho para o escritório falando dos negócios, enquanto por dentro cada célula minha vibrava o brilho dourado da memória daquele amanhacer.

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Sorrisos

Museu Dali - Figueras, Espanha, 2006

Ri mais e mais gostoso quem tem a capacidade de rir de si próprio e de suas próprias loucuras e encucações. Desconfie de quem não ri, e também desconfie de quem apenas ri dos outros evitando olhar para suas próprias razões para risos gostosos – de alegria, gozação ou ironia a respeito de suas próprias pequenezes e grilos.

Há várias teorias sobre o riso, a que gosto mais diz que o homem é o único animal capaz de rir, o que o torna especial e ao mesmo tempo dependente da sensação de um sorriso. Uau.

Isto explicaria a razão pela qual buscamos incessantemente o prazer – aquilo que nos faz sorrir de satisfação…

Tem uma outra que diz que o sorriso, por ser único, é nossa ligação mais direta com o divino, com Deus. Se Ele criou um elo tão legal para suas criaturas, temos que aproveitá-lo bem e a toda hora. Boa essa não? Dizem por aí “Carpe diem”, lembra disso?

Tem uma outra ainda que fala sobre a parábola da fogueira do Platão. Diz esta que aquele que resolveu olhar para fora da caverna foi o único que acabou desenvolvendo o sorriso pelo que viu.

A luz direta faz sorrir. Mesmo se você nunca tivesse sorrido antes.