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Spider Rock – Arizona – USA

Spider Rock - 2013 Foto Sergio Tango

Spider Rock – 2013
Foto Sergio Tango

Spider Rock stands with awesome dignity and beauty over 800 feet high in Arizona’s colourful Canyon de Chelly National Park (pronounced da Shay). Geologists of the National Park Service say that “the formation began 230 million years ago.
Windblown sand swirled and compressed with time created the spectacular red sandstone monolith. Long ago, the Dine (Navajo) Indian tribe named it Spider Rock.
Stratified, multicolored cliff walls surround the canyon. For many, many centuries the Dine (Navajo) built caves and lived in these cliffs. Most of the caves were located high above the canyon floor, protecting them from enemies and flash floods.
Spider Woman possessed supernatural power at the time of creation, when Dine (Navajo) emerged from the third world into this fourth world.
At that time, monsters roamed the land and killed many people. Since Spider Woman loved the people, she gave power for Monster- Slayer and Child-Born-of-Water to search for the Sun-God who was their father. When they found him, Sun-God showed them how to destroy all the monsters on land and in the water.
Because she preserved their people, Dine (Navajo) established Spider Woman among their most important and honoured Deities.
She chose the top of Spider Rock for her home. It was Spider Woman who taught Dine (Navajo) ancestors of long ago the art of weaving upon a loom. She told them, “My husband, Spider Man, constructed the weaving loom making the cross poles of sky and earth cords to support the structure; the warp sticks of sun rays, lengthwise to cross the woof; the healds of rock crystal and sheet lightning, to maintain original condition of fibres. For the batten, he chose a sun halo to seal joints, and for the comb he chose a white shell to clean strands in a combing manner.” Through many generations, the Dine (Navajo) have always been accomplished weavers.
From their elders, Dine (Navajo) children heard warnings that if they did not behave themselves, Spider Woman would let down her web- ladder and carry them up to her home and devour them!
The children also heard that the top of Spider Rock was white from the sun-bleached bones of Dine (Navajo) children who did not behave themselves!
One day, a peaceful cave-dwelling Dine (Navajo) youth was hunting in Dead Man’s Canyon, a branch of Canyon de Chelly. Suddenly, he saw an enemy tribesman who chased him deeper into the canyon. As the peaceful Dine (Navajo) ran, he looked quickly from side to side, searching for a place to hide or to escape.
Directly in front of him stood the giant obelisk-like Spider Rock. What could he do? He knew it was too difficult for him to climb. He was near exhaustion. Suddenly, before his eyes he saw a silken cord hanging down from the top of the rock tower.
The Dine (Navajo) youth grasped the magic cord. which seemed strong enough, and quickly tied it around his waist. With its help he climbed the tall tower, escaping from his enemy who then gave up the chase.
When the peaceful Dine (Navajo) reached the top, he stretched out to rest. There he discovered a most pleasant place with eagle’s eggs to eat and the night’s dew to drink.
Imagine his surprise when he learned that his rescuer was Spider Woman! She told him how she had seen him and his predicament. She showed him how she made her strong web-cord and anchored one end of it to a point of rock. She showed him how she let down the rest of her web-cord to help him to climb the rugged Spider Rock.
Later, when the peaceful Dine (Navajo) youth felt assured his enemy was gone, he thanked Spider Woman warmly and he safely descended to the canyon floor by using her magic cord. He ran home as fast as he could run, reporting to his tribe how his life was saved by Spider Woman!

Spider Woman's house - foto Sergio Tango

Spider Woman’s house – foto Sergio Tango

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Last modified: May 13, 2003

Morte Branca

gestor e seu caminho

Os joelhos dançavam embaixo da mesa enquanto atentamente ouvia a apresentação. Os olhos seguiam a dança dos números e a sequência lógica do trabalho bem feito e envolvente no pacote bonito de uma apresentação vibrante. Gostava quando o assunto era assim, intrigante, desafiador. Divertia-se com apresentações imaginativas como aquela.

Fez as perguntas inteligentes que se esperavam dele e as observações precisas sobre pontos imprecisos. Assinalou oportunidades, falhas, consequências. Marcou o valor de sua contribuição ao ligar pontos ainda não conectados, ao pensar além. Dali sairiam bons e sólidos negócios.

Os joelhos ainda chacoalhavam ao final da sessão. Obrigados, sorrisos de praxe, cumprimentos comedidos, computadores sendo desconectados.

Dirigiu-se ao toalete. Sentiu em seu corpo algo branco, como um grande buraco. Um incomum buraco branco de ausência, de incompletude, de não sentir-se inteiro.

Branco assim como tela vazia, incompleto na cor mais completa das cores. Era branca sensação consciente de falta, de não ser bom o bastante. Um anseio, uma carência interna, um vazio sentido na mais íntima fibra de suas células.

Conquistara grandes vitórias. Contava propriedades, mulheres e sonhos realizados. Havia o surf do final de semana, o respeito de seus amigos, o clube de pôquer, as viagens… Havia ainda o sucesso de sua empresa, os caros presentes, os carros esportivos de ontem e de hoje.

Vislumbrava sempre os seus relacionamentos especiais, as suas grandes verdades e as suas grandes mentiras impregnadas de razões.

O branco invadiu o toalete.

Descobriu num átimo o grande apuro em que se encontrava. Subitamente era impossível seguir enganando a si próprio. Tentava agir como antes, assim como fizera durante a apresentação, mas já não era mais possível continuar. Simples assim.

Sentiu nos joelhos que enquanto os velhos padrões dirigissem sua vida, não poderia se sentir à vontade, não estaria em paz, não estaria por inteiro. Apesar dos fugazes momentos quando um novo desejo era satisfeito, não poderia jamais completar-se.

Seu  velho modelo necessita alimento e proteção todo o tempo, identifica-se com coisas externas como propriedades, status social, aparência física, relacionamentos, habilidades especiais, história pessoal, familiar, ideais políticos ou crenças religiosas. Disso se alimenta e cresce.

Descobriu no toalete que nada disso era ele mesmo. Descobriu o branco, descobriu o vazio.

Um susto-alívio invadiu-lhe a alma. Era o branco que secava sua boca e fazia tremer os joelhos. Já não poderia mais viver o modelo antigo.  Mais cedo ou mais tarde teria que abrir mão de todas essas coisas.

Sentiu que o branco era a morte. Conheceu a necessidade de despojar-se de tudo que não era ele mesmo; certamente  a mesma sensação que aparece no derradeiro suspiro de cada existência.

Que talvez o segredo da vida seja “morrer antes que você morra”.

E em seguida descobrir que também a morte não existe.

SETUP Ouvidoria & Soluções

setango@windowslive.com

30/6/2013

A Consciência do Agora

cafe-1A janela inundava o assunto de branco.

Vi seus traços confundidos no contra-luz. Uma denúncia tímida, buscando abrigo no ofuscar intenso da manhã de sol. Ao longe, árvores, cada vez menos. Esta vista de todo dia, em mistura de beleza e familiaridade.

Junto ao cheiro fresco de café bom brotou – entre a fumaça e as xícaras – a frase pertubadora e há muito escondida. Eternos segundos do bater da louça branca e o som do misturar adoçante. O cheiro-gosto do café era de expectativa intensa.

“Estou inseguro sobre o meu futuro…queria falar com você sobre isso.” Era uma frase fugida do calabouço da alma.

Na manhã radiante de verão, dava para contar as nuvens do céu em apenas uma das mãos. Via-se ao longe o rastro do avião distante na janela azul-branco-verde-árvore. O aroma negro inundava cérebros e corações em nuances, perfumes e sensações quente-delícia.

O relógio insistindo em andar, sina e missão tiquetaqueante.

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Agenda, futuro, compromisso; será que não dá nem para tomar um cafezinho? “Não vai dar tempo!” “Será que ontem fizemos o que tínhamos que fazer para que amanhã dê tudo certo?” Sorviamos quietos o prazer negro fumegante – ouvíamos nitidamente o aroma invadindo a alma – apenas um olhar mais atento já denunciaria esta invasão fumegante.

Porém, foi visível a mudança de expressão quando o futuro tomou conta de seus pensamentos. Percebi sua consciência se esvaindo, fechando a entrada da janela de sol e do aroma do café. Seus olhos saíram do caminho, fugiram de casa. Nunca mais o prazer instantâneo daquele momento único entre nós.

Vivemos atrás ou avante de nosso momento presente na maior parte de nossa vida. Fugaz presente que negligenciamos a maior parte do nosso precioso tempo. Somos fugitivos de casa – saímos da consciência pensando no que foi ou no que será; enquanto passa o fluxo da vida com seus múltiplos reflexos coloridos e instantâneos.

Falo e escuto e já é passado – física. Porém podemos sempre olhar nos olhos o reflexo do momento presente. Um instantâneo.

A noção de tempo busca a retenção da vida. Tentamos congelar o fluir do rio, tentamos adivinhar, moldar ou evitar o caminho inexorável para o desconhecido futuro. Temos a falsa idéia que se pode controlar o que será, ou reviver o que já se foi. Passamos grande parte de nossa vida lutando para manter ou congelar o tempo.

O que temos é o fluxo. É a água que passa hoje pelo leito do nosso rio de vida. O que já passou não existe mais. O que será ainda não é, ou foi. Já dizia Heráclito que o rio nunca é o mesmo, sempre muda.

“Existe algum fato real para você estar preocupado?”

Foi como um resgate por bóia de um náufrago que se debatia. Voltaram seus olhos e vi a xícara refletida em suas pupilas. Novamente a claridade e o aroma estavam presentes.

“Não, ainda não aconteceu, mas pode acontecer…”

Conta Carl Jung que um chefe indígena norte-americano dizia que a maioria dos brancos apresentava rostos tensos, olhos assustados e um ar muito cruel. Dizia que aparentemente os brancos sempre estavam buscando alguma coisa e perguntava: “O que eles estão buscando?” Dizia este chefe que os brancos estavam sempre querendo alguma coisa, sempre agitados e descontentes. Realmente os índios não sabiam o que eles desejavam. Na verdade eles achavam que os brancos eram todos loucos.

Sabio

Preocupar-se diz tudo quando se divide em “pré” e em “ocupar-se”. Estamos tão ocupados com o futuro que perdemos a chance de realmente vivenciar o presente. Provavelmente estamos preocupados em demasia na maior parte dos segundos da nossa vida.

O tempo como o definimos é uma ilusão, já que foi criado para eternizar/aprisionar momentos, e isso soa como impossível. Quando nos deparamos com esta ilusão nos perguntamos o que fazer, já que estamos aprisionados e condenados a viver em um mundo absolutamente dominado pelo tempo.

Livrar-se da escravidão do tempo significa sair da dependência psicológica do passado ou do futuro. Esta provavelmente é a maior conquista que a consciência pode ter. A consciência do presente é rara em nós, seres humanos desta dimensão. Temos fugazes lampejos vez ou outra deste nível de consciência, a consciência do agora. Normalmente quando sofremos um grande baque psicológico, uma grande perda por exemplo, ou quando nos encontramos em meio à natureza e suas maravilhas, estamos conscientes do agora. Porém, normalmente apenas vivemos em níveis diferentes de inconsciência, onde nos aprisionamos em passado e futuro, sem ter a real presença no agora.

A inconsciência poderia ser definida como a identificação que temos com nossas emoções, desejos, reações, aversões e pensamentos. É o estado normal da maioria das pessoas neste mundo. É o estado em que somos governados por nossa mente, onde a presença do Ser não está consciente. Estes conceitos estão descritos por Eckart Tolle em seu livro “O Poder do AGORA”. É uma leitura fascinante, vale a pena.

o-poder-do-agora

De acordo a Tolle, o estado normal de inconsciência provoca uma espécie de “ruído de fundo”, que não poderia ser definida como sofrimento, mas sim como um desconforto básico, como uma irritação causada por um ruído contínuo que não percebemos existir até que ele pare, e aí temos a sensação de alívio que isso causa. Muitos usam a bebida, as drogas, a comida, o trabalho, o sexo e outros “entretenimentos” para aliviar o desconforto básico do estado normal de inconsciência. O uso contínuo destes artifícios funciona como um vício, e o alívio é cada vez mais curto quanto mais são usados. O agravamento do desconforto causa um nível mais profundo de inconsciência, onde o que antes era apenas desconforto passa a ser real sofrimento. É quando temos a sensação de que as coisas “vão mal” e que estamos ameaçados em nossa sobrevivência futura. Estamos então no estado de “preocupados”.

Diz também Tolle que a melhor maneira de medir o nível de consciência é a maneira como lidamos com os desafios da vida. Quando eles surgem, a tendência das pessoas inconscientes é se tornarem mais inconscientes, ao mesmo tempo que uma pessoa consciente torna-se ainda mais intensamente consciente. É uma lei natural.

Portanto, podemos encarar os desafios como oportunidades para enfim acordarmos mais a nossa consciência; ou então; podemos deixar que os desafios agravem o nosso grau de inconsciência. Corremos o risco de levar o nosso sono para níveis tão profundos que nossos sonhos podem facilmente tornar-se pesadelos. A inconsciência cada vez mais profunda gera reações de medo e tentativas cada vez mais desesperadas de auto-preservação. O sofrimento está então instalado em nossos seres.

Por outro lado, a consciência cada vez mais desperta, através da observação do que está ocorrendo, aqui e agora, em nosso corpo e em tudo que nos cerca a cada segundo, é o sinônimo da presença no agora e a possibilidade de melhor lidar com as coisas que, de forma ilusória, “vão mal”.

O café naquela manhã branca de luz foi uma inundação nas consciências. Deixou de fazer sentido conversar sobre passado/futuro apenas com a observação da realidade do aroma intenso. A luz era forte; o verde das árvores era espetacular; e o café era reconfortante.

O agora inundava o assunto de luz e a pergunta sobre o futuro era apenas uma ilusão.

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Gratidão por estar em 2013

Agradeço a todos os amigos leitores do Blog por mais um ano de convivência e troca de idéias!
Um abraço a todos!

Vejam a seguir um vídeo para a nossa primeira reflexão desta nova era que se inicia neste ano, aproveitem!

http://www.youtube.com/watch_popup?v=prO85LDlvEA&feature=youtu.be

Sergio Tango

Depois da Tempestade: Bem-vindos a 2012

2011; o mundo girando cada vez mais rápido, os dias são menores, as horas mais curtas. Perdemos a referência do tempo. Sucessão de acontecimentos intensos, importantes, nos dão a sensação de avançar nadando rio acima.

Tudo parece acontecer ao mesmo tempo, tempo de tudo junto; para todos é um pião desgovernado.

Pessoas girando em seus dramas passam ao alcance de nossas mãos e distantes de nosso abraço. As próprias feridas não permitem olhar para o lado – o contato se perde, o coração se apequena na solidão de tentar cuidar de si mesmo. Onde estão todos?

Estamos no auge do medo. Não sabemos o que virá. Apenas percebemos que o que era já não nos serve. Sentimos que algo vai romper e mudar, algo será transformado e tememos a violência do processo.

Vivemos o início de uma tempestade. Mudança de tempo, tempo de mudanças – Época de transformação.

Sentimos em nossos rostos as primeiras gotas e sentimos em nosso corpo o calafrio do vento cortante que já inicia o seu desvario de tormenta. Um frio na espinha contrasta com o suor gelado de urgência, de alerta e sobrevivência. A ansiedade do antes da chuva invade nossa alma todos os dias; ultimamente.

Uma tempestade toca o intocável; abre o trancafiado; revela o escondido; adentra o que era impenetrável. Som, luz, vento e chuva abrem seu caminho de transformação. O furacão deixa a trilha de mudança. Nada será como antes quando o vento acalmar.

No auge do desvario, difícil crer em transformação. No auge dos trovões, difícil escutar a bonança que seguirá.

Porém. Tudo passará. Tudo será transformado e transmutado, como um dia nos disse João Evangelista no texto do Apocalipse.

Teremos uma Nova Terra depois da mudança do nível de energia de nosso planeta que acontece nestes tempos. O ar estará límpido, o sol estará brilhando e os pássaros voltarão a cantar. Sob os escombros de uma antiga civilização doente e louca surgirá uma nova história de luz e amor. Os novos brotos de árvores e florestas surgirão fecundados pela tempestade – agora longínqua no passado.

Teremos um lugar onde o coração falará mais alto do que as preocupações pequenas que nos mantiveram acorrentados e infelizes por milênios neste planeta. O amor que nos apontou Jesus em sua passagem por aqui estará como a nova ordem de todos os acontecimentos. Uma nova luz estará brilhando.

O mau tempo gera muito medo e insegurança. O que fazer? Como passar pela tempestade?

Dizem que a primeira providência é preparar-se bem para ela quando o tempo ainda está límpido. Uma boa semeadura gera boa colheita, se estamos preparados, enfrentamos o desafio da passagem de forma segura e relativamente confortável.

Porém os pingos de chuva e o vento já estão em nossos rostos… Calma! É a segunda medida correta. Sem serenidade e sem consciência sobre o que deve ser feito, o caminho é o desastre. Tempestades acontecem e são fortes, mas sempre terminam!

A partir daí existem coisas muito simples a serem feitas.

Esteja junto a outras pessoas, dê sua mão aos seus entes queridos e aos seus próximos. Não fique sozinho. Atravessar o mau tempo em conjunto a outras pessoas é mais seguro e mais confortante. Abrace, olhe, beije, faça carinhos, diga palavras positivas e confortantes. Traga auxílio a quem não pediu, traga conforto a quem sente-se sozinho em seus dramas pessoais. Seja um aglutinador de esperança e de conforto, abra seus braços e abrace o seu próximo.

Em seguida abrigue-se. Sem um bom abrigo o mau tempo torna-se insuportável. Procure bem este abrigo, cuidado com os abrigos atrativos e fáceis de conquistar, geralmente são ilusões que ao primeiro vento podem ruir sobre sua cabeça. Deixe seu coração escolher o seu abrigo, ele vai saber o que fazer.

Quando encontrar seu abrigo, mostre-o aos seus entes queridos. Deixe que o coração deles sinta se aquele abrigo também os pode receber.

Estando abrigado e com os seus, faça a terceira parte: Agradeça pela tempestade. Agradeça pelo grande furacão que passa a carregar todos os desvarios, transformando a Terra inexoravelmente. Neste momento mágico faça sua prece e novamente agradeça por presenciar este momento tão importante em nosso planeta. Deixe seus pequenos dramas pessoais se dissolverem na água corrente, deixe o fluxo contínuo do vento e da chuva lavar os resquícios de mágoa, infelicidade, apego e ressentimento.

Ouse, entre no olho do furacão se for possível. Domine a consciência de que a transformação não é boa nem má, ela é apenas necessária e oportuna, viva a oportunidade! No olho do furacão a calma e a sabedoria pertencem à uma nova dimensão, são pertencentes à Nova Terra que teremos quando os ventos se acalmarem. Observe deste lugar os fatos girando, o tempo escoando e o mundo em vórtice. Respire fundo e aprecie a calma interior no olho do furacão. Novamente abrace seus entes queridos e agradeça.

A mensagem deixada há dois mil anos atrás está se realizando. Nesta época do ano celebramos o nascimento daquele que nos adiantou que isto aconteceria em nosso planeta se praticássemos o amor. É hora de tornar o sonho a realidade do pós-tormenta.

É apenas o início. Sejam bem-vindos a 2012.

O Calendário Maia

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A Cesta de Carga

 
As Cartas do Caminho Sagrado – Xamãs

“Cesta, carrega o meu pesar,

Para dar-me forças, e continuar.

Cesta de carga,

Não me faças atirar

O meu fardo em costas alheias!

Conta pra mim,

Enquanto dura o inverno,

Fazendo-me recordar

O calor do verão,

tentando aquecer este corpo cansado.”

A Cesta de Carga indígina representa a força interior, a auto-confiança. Ser capaz de se livrar dos fardos, encontrando as próprias respostas internas, pode levá-lo a grandes realizações. Os problemas deixam de ser fardos pesados no instante em que se encontram as respostas para eles internamente.

A Cesta de Carga também nos ensina a não jogar o nosso fardo sobre as costas dos outros, ou também a não despejar nossas queixas aos seus ouvidos.

Quando confiamos em nós mesmos, e em nossa ligação com a energia universal (o Grande Mistério em acordo aos índios), aprendemos a valorizar nosso potencial. Todos tem direito a auto-confiança e devemos utilizar nossos dons para encontrar nossas próprias soluções.

Texto extraído do livro “As Cartas do Caminho Sagrado” de Jamie Sams.

Jamie Sams

Nesta forma metafórica, a carta da Cesta de Carga descrita por Jamie nos oferece uma sabedoria milenar sobre a reflexão e resolução de problemas.

Nos ajuda a verificar em nossa própria bagagem as soluções necessárias a nossa vida, nos remete ao conhecimento e a sabedoria de que temos todos os elementos para poder viver em harmonia e com criatividade os nossos desafios nesta vida.

Vale a pena visitar este livro e aprender com a simplicidade e a profundidade dos índios americanos.

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Presente Permanente

2010 foi um ano interessantíssimo, muito curto e muito longo ao mesmo tempo. Não parece que o tempo está um grande voador interplanetário; viajando na velocidade da luz?

Temos a ilusão do controle da agenda, do planejamento, da estimativa, dos prognósticos, mas absolutamente a impressão que a realidade nos trás é que estamos navegando em um mar bravio com pouca influência de nosso próprio leme a respeito de nosso destino. O vento e as marés nos levam subitamente para terras e mares ainda desconhecidos – de forma inesperada, sempre. O tempo flui, corre e escorre rápido e inexorável. Cada segundo do presente pode mudar todo o destino de nosso barco. (ou não!)

2010 foi assim, um átimo, um século, um minuto. Dentro do peito a sensação de que acabou de começar, dentro do peito a sensação de que acabou finalmente, de que já vai tarde… que deixa saudades, conquistas e alívios por sofrimentos finalmente vencidos.

Um ano de reflexão. E ação – Muita ação.

Começou com uma incrível viagem ao deserto do Atacama – de São Paulo a San Pedro de Atacama no Chile, junto com mais três carros além do nosso querido Freelander.

Atacama - Janeiro de 2010 - foto de Henrique Sottovia

Éramos 13 aventureiros-turistas, passando um senhor calor no sol da Argentina e na maravilhosa Cordilheira dos Andes.

Uma viagem com muito significado e profundidade, rica de experiências de convívio, amizade, reflexão e observação; tudo com o pano de fundo da profundidade e significância do caminho incrível até lá. Olhar os vulcões viajando a 4000 metros de altitude, no altiplano da Cordilheira, é no mínimo uma experiência transcendental. Quem vai até a Cordilheira deve voltar. Essa foi a nossa segunda vez por lá e realmente foi a constatação dessa verdade.

O deserto é um capítulo à parte. Uma grande serenidade na imensidão da secura e na poesia das paisagens completamente inusitadas. Uma noite esplendorosa de estrelas para lembrar-nos de que também somos o Universo, que somos também um ponto brilhante no escuro do céu infinito.

 O deserto fala e declama sabedoria infinita e atemporal. Apenas é necessário aprender a escutá-lo com a alma, deixando a mente aquietada, saindo completamente do fluir linear do tempo que criamos artificialmente provavelmente por alguma razão de sobrevivência da espécie.

Depois do Atacama, veio o período de 2010 que foi a grande espera; do período que chamo de “plantação em charco raso”.

Era a busca para re-direcionar a carreira profissional, depois de passar pela saída da empresa em que havia feito uma sólida carreira executiva nos últimos 12 anos. Poderia partir para a iniciativa privada como consultor, poderia partir para a montagem de um novo empreendimento, poderia voltar ao mercado de trabalho executivo em uma nova colocação no mundo corporativo.

O tempo era meu, e não era meu. Os segundos escorrem rápidos e lentos ao mesmo tempo nesta situação transitória. De repente estava em casa, de repente não havia muito lugar para estar. Porém de repente era a pessoa mais feliz do mundo por poder estar em casa na hora em que estava.

 Estranho, muito estranho.

Uma grande semeadura de novas idéias, de novos empreendimentos e iniciativas, de outras relações, de muita conversa e reflexão.

“Plantação em charco raso”! Você vê o fundo do terreno debaixo da água rasa do charco, conhece a fertilidade do terreno e sabe que as novas sementes em suas mãos são boas. No entanto, sabe que está tentando plantar em uma época não adequada, pois há muita água cobrindo o solo, o que é bom para o florescimento e para a colheita; mas inadequado para nova semeadura de sementes ainda tenras e novas… Precisei me contentar – e aceitar – em colher o que havia plantado muitos anos atrás – voltar ao mercado executivo colhendo os frutos de minha própria reputação no mercado e junto ao meio específico em que passei os últimos 20 anos de minha construção de carreira. (Semeando e cuidando do florescimento durante 20 anos).

Foram meses de adaptação e de aceitação. Mudança de ambiente, nova equipe de trabalho, novo desafio, novas preocupações, novas maneiras de fazer as coisas acontecerem. O pior foi lidar com as sementes novas que estavam em minhas mãos. Como semeá-las se tenho que colher a semeadura passada?

2010 foi o ano das grandes questões simples e dos grandes paradoxos.

 Acordei desse drama do ego em um retiro espiritual em Avaré, já no final de 2010. Certo dia neste retiro, acabávamos uma sessão de meditação, a qual tinha sido muito produtiva, quando fui olhar um desenho que minha esposa havia feito atrás da minha cadeira de meditação. Inclinei o corpo, ainda ajoelhado, e perdi o equilíbrio totalmente, caindo para frente e apoiando todo o peso do corpo em meu polegar direito. Tive uma luxação assombrosa, com direito a um grande hematoma roxo e muito inchaço na mão direita. Foi provavelmente a única experiência relatada de alguém sofrendo uma contusão tão séria enquanto meditava… Incrível.

Mas como não há coincidências, ainda mais em um trabalho de meditação e aprofundamento dos níveis de nossa consciência, ficou claro que o fato era simples e estava relacionado totalmente com o meu estado energético. A dor me lembrava de que é necessário antes de tudo aceitá-la, apenas depois disto ela pode ser curada e pode desaparecer. Somente pude receber a ajuda em massagens e várias outras técnicas disponíveis com os outros participantes do retiro, quando aceitei totalmente a dor que sentia na mão e deixei de gemer e me contorcer. Aí sim eles puderam tocá-la e examiná-la mais detidamente para verificar o que havia acontecido realmente e como poderia ser o processo de cura.

Na verdade, no primeiro momento achei que havia fraturado algum osso da mão, mas apenas tive uma forte luxação na articulação do polegar. Esta foi uma nova lição, pois na hora da dor, tudo parece muito pesado e irreversível, mas ás vezes o dano não é assim tão grande como aparenta ser à primeira vista!

2010 foi o ano de praticar o básico e de uma visita constante aos meus princípios de humildade, paciência, aceitação, serenidade, competência e perseverança. Meu novo trabalho assim o exige – e muito!!

Este “back to basics” tem sido fundamental para a minha vida, apesar de bastante doído e trabalhoso. (é como uma mão luxada e muito doída!!) Foi um ano de reinventar muito rápido o que parecia solidificado e imutável. Foi um ano de colocar a mão na massa e deixar de imaginar soluções teóricas para problemas banais.

Na velocidade de um relâmpago, tive que voltar a ser, tive que ser o que não tinha sido, tive que reinventar o ser e o estar. Foi um ano para prezar o momento presente, único segundo que realmente nos pertence.

2010 foi um ano que mostrou a sua cara, a cara da nova velocidade da nossa era – da chegada de 2012 (e suas interpretações todas) já em alguns dias, em algumas horas – já sendo presente, já sendo existente.

Foi um ano que deixou os tolos olhando para trás e planejando o futuro.

 2010 foi um ano em que o presente foi/é/será permanente.

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Voltando do Mexico

Esta semana tive um vôo de volta do Mexico que poderia considerar um dos piores da minha vida.

Um avião abarrotado, um atraso desagradável, um tumulto no embarque e uma noite comprida – sem fim mesmo. Cheguei ao Brasil passando mal pelas mal comidas refeições na nossa terra tão amiga e de comidas tão não amigáveis.

Lembrei-me das inúmeras e memoráveis viagens a este país, especialmente de uma delas, quando levei a minha família – foi em 2003, Pedro e João então com 9 anos de idade. Veja o relato daquela volta:  

“Ficamos ali os dois, Pedro e eu, de mãos dadas, por muito tempo. Foi uma mágica gostosa sentir o seu coração pulando de emoção a cada ação que se desenrolava no filme que víamos no pequeno monitor do avião. estávamos sós e conosco. Uma união apertada que carregava toda a energia das mãos apertadas – palma contra palma e dedos entrelaçados.

Assim jantamos, bebemos e comemos a sobremesa. Assim nos preparamos para passar aquela noite feliz. O vôo era tranquilo e a aeromoça simpática.

Acabei me dando conta naquele momento que não existe nada melhor que ser pai. Orgulhoso de mostrar o meu mundo para aquele amigo, aquele grande amigo.

Dormi em paz e feliz naquela noite. O melhor vôo da minha vida.”

João Luiz e Pedro no Mexico, 2003

A realidade em nossa volta nada mais é do que o espelho de nosso estado de espírito. Na verdade é uma ilusão. O que vemos é o que estamos sentindo. Na viagem deste final de semana, o sentimento era de náusea e mal-estar. Na viagem em 2003 era de júbilo e felicidade.

Faça a sua realidade, só depende do que você está sentindo e projetando.

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Os Mensageiros

Os Mensageiros - Valentina Monteiro - 2010

“Eles vêm de todos os pontos sagrados.

Desenham-se no azul infinito do Leste, o centro da iluminação, a porta dourada onde habita a Águia.

Carregam em suas cores os segredos das florestas do Sul – trazem a inocência e a cura.

Com seu canto solitário e pungente, entregam os profundos mistérios das altas montanhas à Oeste e, mais além, a introspecção; o silêncio oculto e divino do deserto.

Em bando e algazarra, confeccionam preciosas tapeçarias – verdadeiros caleidoscópios celestes. O Norte, a sabedoria, a gratidão.

Ou vem assim, diminutos, indefesos. Oferecem o canto delicado e singelo. Sacodem os galhos que despejam flores no chão – chuvas esparsas.

Trazem na frágil leveza dos pés a cantiga dos riachos, o bulício das corredeiras, o despertar das cachoeiras, o denso manto dos oceanos.

Vêm em sonhos, leves e esvoaçantes – beleza transparente.

Vêm também terríveis, em garras e dentes, aterrorizantes demônios – pesadelos.

Voam alto, enxergam longe, abrangem um mundo num abrir de asas. Conhecem as leis ocultas do vento, guerreiros, protetores.

Um vôo, uma aparição, um canto, um trinar, um pouso, um olhar – uma mensagem. Reveladora e única.

Esteja atento.”

texto de Valentina Monteiro – Agosto de 2010

www.valentinamonteiro.com.br

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Os insights criativos de Heráclito

HERÁCLITO

Heráclito de Éfeso, (Éfeso, aprox. 540 ac – 470 ac) foi um filósofo pré-socrático considerado o “pai da dialética”. Recebeu a alcunha de “Obscuro”, era conhecido por seu pensamento chamado obscuro, próximo ao das sentenças dos oráculos gregos.

Heráclito é o pensador do “tudo flui” (panta rei) e do fogo, que seria o elemento do qual deriva tudo o que nos circunda. De seus escritos restaram poucos fragmentos, os quais geraram grande número de obras explicativas, tentando desvendar os seus enigmas oraculares.

Hoje, mesmo após mais de 2500 anos de sua época, as suas idéias sobre a natureza a vida e o universo seguem originais e muito intrigantes. Podem ser utilizadas como um grande trampolim para a criatividade – como fonte de imaginação e de desafio, com perguntas intrigantes e afirmações circulares e paradoxais muitas vezes.

A doutrina da unidade dos contrários é talvez o aspecto mais original do pensamento filosófico de Heráclito. A lei secreta do mundo reside na relação de interdependência entre dois conceitos opostos, em luta permanente; mas, ao mesmo tempo, um não pode existir sem o outro. Nada existiria se não existisse, ao mesmo tempo, o seu oposto. Assim, por exemplo, uma subida pode ser pensada como uma descida por quem está na parte de cima. Entre os contrários se cria uma espécie de luta constitutiva do LOGOS indiviso. Nessa dualidade, que na superfície é uma guerra, mas no fundo é harmonia entre os contrários, Heráclito viu aquilo que definia como O LOGOS, a lei universal da Natureza.

Vejam seus alguns de seus mais interessantes insights: (extraído do livro “Espere o Inesperado” de Roger Von Oech, Ed Bertrand, 2003.

– Tudo flui.

– Uma maravilhosa harmonia é criada quando juntamos o aparentemente desconexo.

– Se tudo virasse fumaça, o nariz se tornaria o orgão do discernimento.

– Tem gente que não consegue agarrar o que está bem na palma de sua mão.

– A oposição trás benefícios.

– Espere o inesperado, ou você não o encontrará.

– Onde não há luz do sol podemos ver as estrelas.

– É a doença que torna boa a saúde, é a fome que torna agradável a bastança e é a fadiga que torna doce o repouso.

– Num círculo, o ponto de chegada é o mesmo que o de partida.

– O caminho por onde se desce é  mesmo de por onde se sobe.

– É mudando que as coisas permanecem as mesmas.

– Os cães ladram para o que não compreendem.

– O médico inflige a dor para curar o sofrimento.

– Quem vive como uma criança jogando, movendo as peças de um lado para o outro, tem o poder dos reis.

– É mais urgente extinguir a arrogância do que os incêndios.

– Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio.

– As coisas gostam de ocultar a sua verdadeira natureza.

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