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Raio Em Noite Quente

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As letras do Blog eram precisas e bem nítidas. Para ele, aquele cartão vermelho da foto de abertura da matéria era mais que um alerta:

“Recentemente o Grupo Empreenda, conceituada Consultoria empresarial de São Paulo, realizou uma pesquisa sobre as principais preocupações dos líderes empresariais hoje em relação ao seu futuro. Foi realizada com 201 profissionais no Brasil, entre os quais, 35% são presidentes ou líderes de empresas.

Quando perguntados sobre quais são os principais sintomas que atormentam suas empresas, 43,6% dos executivos responderam que são as estratégias, “brilhantemente arquitetadas, mas que não conseguem sair do papel e que nem sempre funcionam quando são implementadas”. Para 39,6%, o problema são as pessoas desmotivadas ou infelizes por não conseguirem desenvolver seu potencial ou pela falta de um significado para o trabalho e 37% apontaram como fonte de preocupação a retenção de talentos.

Na avaliação de 39,6% as causas desses sintomas são pessoas despreparadas. Para 33,5% a origem dos problemas está em um modelo de gestão ultrapassado e 22,8% apontam a falta de lideranças e de integração entre as áreas como principais motivos para esses tormentos empresariais…”

O aviso laranja do outlook chamava a atenção para as milhares de mensagens e ações a serem tomadas naquele mesmo instante. O calendário eletrônico e suas mensagens de compromissos atrasados batia intermitente. Droga, conferência telefônica daqui a 5 minutos… Vazio no estômago com gosto de muitos cafés.

“Nesta pesquisa, 48% dos executivos acreditam que as empresas devem promover muitas mudanças nos modelos de gestão, negócios e de liderança, entre 2013 e 2015. Já para 22,7%, as organizações devem transformar totalmente a forma de gerir seu desempenho e liderar pessoas…”

Enquanto clicava para desligar o aviso laranja e incômodo, a conversa de ontem entrou em sua consciência como onda em praia seca. O ruído da areia molhada de surpresa invadiu o ambiente de ar condicionado e ele pode até ouvir aquele chiado parecido com água em óleo quente, implacável, dominante. Já não podia mais considerar que aqueles minutos de conversa tinham sido somente mais uma típica e vazia conversa corporativa.

Como um doente que se dá conta de seus sintomas, tomou nota de algumas palavras no post-it que estava sobre sua mesa: “Gestão, pessoas, liderança, significado, estratégia.”

Foram longos segundos – o aviso laranja faz toda a dimensão do tempo caber em alguns segundos de piscar intermitente – de contemplação ao amarelo intenso do post-it antes de começar de novo o bailado dos clicks do mouse. Lia mensagens e tomava decisões instantâneas deixando a janela com aquele cartão vermelho gigante aparecendo num canto da tela.

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Foi interrompido pela onda que voltava drenando a areia e os seus pensamentos:

“Está na hora de reinventar as empresas, valorizando aspectos intangíveis e sepultando de vez os modelos de gestão que aprendemos no século passado”, afirma o cunsultor César Souza, autor do trabalho.”

Colou o post-it na parte superior da tela do notebook, bem próximo do cartão vermelho. A conversa requentada de ontem entrou como um raio em noite quente. Forte, nítido, abafado:

“Não creio que seja possível conciliar tudo o que temos que fazer com horas normais de trabalho, esqueça.” “É necessário uma energia nova, que possa dar muito mais que 100% de dedicação e acelere muito o processo.” “Acho até necessário balancear ritmo e qualidade, mas não dá para esquecer que temos que ser os vencedores, esta é a nossa estratégia! Temos que ganhar mais negócios acelerando todos os nossos processos!”. “Acho que nosso pessoal não está dando o suficiente gás para conseguir o que queremos.”

O post-it agora pulsava substituindo a luz eletrônica para os seus olhos. Pessoas, Gestão… Estratégia…significado…liderança…

O trovão daquele raio finalmente ecoou em sua mente, lembrando do velho automóvel que estava em reformas já há algum tempo. Difícil achar as partes, difícil porque já ultrapassadas. Não havia mais carburador, ou platinado. Não havia mais as lanternas e luzes convencionais. Outro paradigma estava instalado, não mais aquele dos seus 12 anos, quando aquele carro era a tecnologia a ser imitada. Simplesmente aquele modelo ficou velho, não há mais peças; apenas alguns colecionadores fazendo o trabalho histórico de não esquecer que já foi daquele jeito.

O futuro invade como o mar entra sem licença na praia seca, com ruído e tudo. Simplesmente o que era já não é, apenas foi. Na dança dos clicks de seu mouse, riu de si mesmo – já fui. Olhando o post-it pulsante veio um suspiro de alívio, tudo passa. Raios e ondas, modelos de gestão e pessoas, estilos de liderança e ambientes estressados.

Na janela do seu computador aparecia novamente o final da matéria do blog:

“Nesta pesquisa, 48% dos executivos acreditam que as empresas devem promover muitas mudanças nos modelos de gestão, negócios e de liderança, entre 2013 e 2015. Já para 22,7%, as organizações devem transformar totalmente a forma de gerir seu desempenho e liderar pessoas…”

Neste planeta os raios invadem as noites quentes e as ondas invadem as praias secas. Nada será como antes.

(quase) Sempre.

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Lição de Liderança – O Novo Modelo da Competitividade

Abaixo segue um link muito valioso com idéias muito interessantes lançadas por Dov Seidman da CNN.

http://edition.cnn.com/2012/05/03/opinion/dov-seidman-oped/index.html

Fala sobre o novo modelo de liderança necessário para a gestão no modelo organizacional que se desenha para a próxima fase na história das organizações humanas.

Um modelo onde é muito importante a combinação de “quem” (who) e de “como” (how) fazemos as coisas e inspiramos as pessoas que trabalham ao nosso lado.

Interessante notar que “who” e “how” são simplesmente variações de letras que complementam o conceito apresentado!

Vale muito a leitura do artigo na íntegra,

Abraços,

SETANGO Ouvidoria & Soluções

setango@windowslive.com

Peter Drucker e sua visão do século XXI

Peter Drucker

Pela primeira vez na História as pessoas podem esperar viver mais do que as organizações para as quais trabalham. Porém, a medida que vivemos e trabalhamos por mais tempo, corremos o risco de nos tornarmos “bons demais” naquilo que fazemos. O trabalho que era um desafio quando tínhamos 30 e poucos anos pode se tornar tedioso quando atingimos a casa dos 50. Pior, ainda teremos 20 anos de carreira pela frente.

Se este é o futuro, precisamos de novas maneiras de administrar a chamada “segunda metade” de nossa vida no trabalho. Isso pode significar treinar para um tipo diferente de trabalho. Pode significar empreender uma “carreira paralela” – trabalhar, por exemplo, numa organização sem fins lucrativos. Pode significar se engajar numa causa, numa obra social, e reduzir o número de horas que você dedica a seu emprego normal. Pode ainda significar fazer o mesmo tipo de trabalho que você fez até aqui, mas num contexto diferente.
Um cliente meu de longa data, um homem que construiu uma empresa de máquinas operatrizes, está pensando em deixar a Companhia. Ele tem apenas 50 e poucos anos, mas me disse: “Já sei demais sobre esta indústria, e tudo que sei diz respeito ao passado.” Seu conhecimento virou um obstáculo, até porque já não se aplica ao mundo econômico de hoje. Assim, ele encontrou um novo emprego, que o manterá ocupado por muito tempo: administra as finanças de uma diocese.
Como você pode saber quando chegou a hora certa para fazer uma mudança em sua vida profissional?
A resposta é: quando você percebe que quanto mais trabalha, menos se realiza. Ou então quando você tem certeza de já conhecer todas as respostas e deixou de perguntar “quais são as perguntas certas?”
Sempre haverá pessoas que, mesmo indo todos os dias ao escritório, agem como aposentados.
Sentam-se a suas mesas e apenas contam os anos até o momento em que se aposentarão de verdade.
Mas as pessoas que enxergam a “segunda carreira” como oportunidade para seu crescimento pessoal são aquelas que terão uma vida mais rica.
Elas serão um exemplo a seguir.
 
Texto publicado na revista Você S/A (dezembro de 1999).
 
SETUP Ouvidoria & Soluções
 
 
 
 

Essa onda é sustentável?

Existem conceitos como ondas grandes, verdadeiros tsunamis.

Acontecem, quanto mais são citadas em rodas, chopps e reuniões, mais se alimentam, mais se desenvolvem – fortes e arrazadoras.

Quem não surfa na onda fica no mínimo considerado como careta. Quem surfa na onda ganha prestígio e posição.

A onda vai – e vem – e vai. Majestosa, implacável e onipotente. Com uma beleza que somente aquilo que é inexorável pode possuir.

Uma onda é uma revolução molhada e barulhenta que passa onde a gente quer e onde a gente não quer. Não sobra nada, ou sobram coisas que não se esperavam como tão resistentes.

A pergunta não é sobre a onda da sustentabilidade, mas sim sobre o que ficará de pé após a sua passagem.

Quem viver, verá – um mundo diferente, sem dúvida.

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