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Conferências Telefônicas – Armadilhas e Artimanhas

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Estamos em uma idade virtual, onde a troca do pessoal pelo distante não é opção, é realidade. Neste complexo, distâncias físicas desaparecem na facilidade do toque e do contato instantâneo, invasivo, até.

E assim, conferências telefônicas são instrumento de trabalho em substituição a longas jornadas e reuniões, na facilidade do imediato, no conforto do qualquer lugar serve.

O mundo do agora é racional. Esse contato instantâneo muitas vezes é considerado como suficiente para substituir totalmente o que antigamente (muito antigamente nos padrões de hoje) era feito apenas com o contato pessoal, frente a frente, olhar cruzando olhar, movimento interpretado como linguagem. Por vezes é esquecido que esta linguagem nova tem suas próprias singularidades e deve ser elaborada de forma profunda como era elaborado profundamente o contato direto e pessoal no passado não tão assim distante…

Surgem confusões e enganos. Atropelos e simplificações; más interpretações e vícios. Acredito que devemos reaprender o contato com estas ferramentas instantâneas. Reaprender como aprofundar relações interpessoais assim, à tanta distância…

A tecnologia e a mente racional voam a velocidade da luz, mas as verdades sobre como se relacionar com o outro seguem presentes, muito presentes, desviando um pouco a tão sonhada produtividade que a tecnologia nos trás.

Como são suas conferências telefônicas?? Por favor, assista ao vídeo anexo antes de responder.

http://www.youtube.com/watch?feature=youtu.be&v=DYu_bGbZiiQ&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DDYu_bGbZiiQ%26feature%3Dyoutu.be&app=desktop

LIFE COACHING – apoio ao movimento; suporte à realização

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Amigos leitores do Blog, recentemente terminei a certificação para “Life Coaching” pela SLAC, Sociedade Latino Americana de Coaching, curso também credenciado pela ICI – International Association of Coaching Institutes.

Achei o tema e o conteúdo do curso sensacionais. Muita simplicidade, muita efetividade e aplicabilidade nos dias de hoje; onde o tempo é escasso, a demanda por ações é crescente e as opções são tantas a ponto de confundir e até mesmo paralisar.

Seguir solitário para atingir objetivos de vida pode ser penoso e demorado, exigindo esforço, recursos e tempo nem sempre disponíveis. Apenas para ter certeza de que os objetivos são mesmo os melhores objetivos a serem perseguidos são necessárias questões que nem sempre estamos preparados para responder ou mesmo para elaborar a nós mesmos.

O Coach tem apenas este objetivo, fazer as perguntas que dificilmente você faria a você mesmo. Simples assim, complexo assim.

O processo de Coaching é dinâmico e objetivo, com datas e resultados esperados definidos de forma objetiva e concreta. E o melhor de tudo é que os objetivos traçados são elaborados de forma a serem absolutamente alcançáveis.

Entre em contato e poderemos conversar mais a respeito, quem sabe posso apoiá-lo a conquistar aquele(s) objetivo(s) que hoje parece(m) distante(s) ou muito difícil(eis).

Um grande abraço,

Sergio Tango

SET UP – Coaching

setango@windowslive.com

Que tal deixar de improvisar?

relogio-111Que tal deixar de improvisar?
A velocidade com que as coisas estão acontecendo e a demanda cada vez maior de atividades pessoais e profissionais assustam muitas pessoas.
Considerando que este é um fato, qual é a solução?
Um primeiro passo é ter a convicção de que tudo será feito a seu tempo.
Com calma, inicie um planejamento, colocando prazos para concluir as ações.
Então, execute o planejado e veja este emaranhado de questões se resolvendo.De que forma você pode iniciar esse planejamento ainda hoje?www.complementocoaching.com.br

Photo: A velocidade com que as coisas estão acontecendo e a demanda cada vez maior de atividades pessoais e profissionais assustam muitas pessoas.<br /><br />
Considerando que este é um fato, qual é a solução?<br /><br />
Um primeiro passo é ter a convicção de que tudo será feito a seu tempo.<br /><br />
Com calma, inicie um planejamento, colocando prazos para concluir as ações.<br /><br />
Então, execute o planejado e veja este emaranhado de questões se resolvendo.</p><br />
<p>De que forma você pode iniciar esse planejamento ainda hoje?</p><br />
<p>www.complementocoaching.com.br

Atriz

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Olha,

Será que é uma foto?

Será que é miopia?

Será que é miragem?

Olha,

Será que é azul?

Será verdade a verdade que vi?

Será coragem olhar o seu mar?

Queria ver o ato esquecido,

Morar no ventre,

Cantar na varanda,

Entrar na poesia.

Olha,

Será que entendo?

Será que é fantástico?

Será uma ilusão?

Sinto no rosto o sopro da solidão,

Sinto na pele o vermelho comichão,

Sinto no braço o apoio esquecido

Sinto na boca um aluvião

Olha,

Será que mereço?

Será a bondade?

Será o tropeço?

A minha vida esvai no concreto

A minha alma reluz no clarão

E a minha luz é como deserto

Vale,

Andar abraçado,

Comer apressado,

Sentir o coração.

Sente,

A pele molhada,

A boca apertada,

O hálito calado.

Limpa,

O poço profundo,

A lama escondida,

O prato abusado.

Cala,

A palavra perdida,

A chama apagada,

O mundo de sombra.

Gira,

O meu desencanto,

O seu acalanto,

O nosso pião.

O meu umbigo é quase o seu,

A minha pele o seu abrigo,

O meu joelho dobra contigo.

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A vida vale com uma atriz.

A vida corre como um chafariz.

O meu amor transborda em gole infeliz.

Vibra,

É quase doença,

É água revolta,

É sede de paz.

Salta,

É mundo feliz,

É mesmo uma atriz,

É bandeira azul ao vento

Sou uma mostra de peito feliz

um sopro verde de sonho de atriz.

Para sempre é sempre por um triz.

E se eu pudesse entrar na sua vida…..

Sergio Tango, 30 de abril de 2013 (com alguns “empréstimos” da linda poesia BEATRIZ de Chico Buarque e Edu Lobo)

A Consciência do Agora

cafe-1A janela inundava o assunto de branco.

Vi seus traços confundidos no contra-luz. Uma denúncia tímida, buscando abrigo no ofuscar intenso da manhã de sol. Ao longe, árvores, cada vez menos. Esta vista de todo dia, em mistura de beleza e familiaridade.

Junto ao cheiro fresco de café bom brotou – entre a fumaça e as xícaras – a frase pertubadora e há muito escondida. Eternos segundos do bater da louça branca e o som do misturar adoçante. O cheiro-gosto do café era de expectativa intensa.

“Estou inseguro sobre o meu futuro…queria falar com você sobre isso.” Era uma frase fugida do calabouço da alma.

Na manhã radiante de verão, dava para contar as nuvens do céu em apenas uma das mãos. Via-se ao longe o rastro do avião distante na janela azul-branco-verde-árvore. O aroma negro inundava cérebros e corações em nuances, perfumes e sensações quente-delícia.

O relógio insistindo em andar, sina e missão tiquetaqueante.

relogio-111

Agenda, futuro, compromisso; será que não dá nem para tomar um cafezinho? “Não vai dar tempo!” “Será que ontem fizemos o que tínhamos que fazer para que amanhã dê tudo certo?” Sorviamos quietos o prazer negro fumegante – ouvíamos nitidamente o aroma invadindo a alma – apenas um olhar mais atento já denunciaria esta invasão fumegante.

Porém, foi visível a mudança de expressão quando o futuro tomou conta de seus pensamentos. Percebi sua consciência se esvaindo, fechando a entrada da janela de sol e do aroma do café. Seus olhos saíram do caminho, fugiram de casa. Nunca mais o prazer instantâneo daquele momento único entre nós.

Vivemos atrás ou avante de nosso momento presente na maior parte de nossa vida. Fugaz presente que negligenciamos a maior parte do nosso precioso tempo. Somos fugitivos de casa – saímos da consciência pensando no que foi ou no que será; enquanto passa o fluxo da vida com seus múltiplos reflexos coloridos e instantâneos.

Falo e escuto e já é passado – física. Porém podemos sempre olhar nos olhos o reflexo do momento presente. Um instantâneo.

A noção de tempo busca a retenção da vida. Tentamos congelar o fluir do rio, tentamos adivinhar, moldar ou evitar o caminho inexorável para o desconhecido futuro. Temos a falsa idéia que se pode controlar o que será, ou reviver o que já se foi. Passamos grande parte de nossa vida lutando para manter ou congelar o tempo.

O que temos é o fluxo. É a água que passa hoje pelo leito do nosso rio de vida. O que já passou não existe mais. O que será ainda não é, ou foi. Já dizia Heráclito que o rio nunca é o mesmo, sempre muda.

“Existe algum fato real para você estar preocupado?”

Foi como um resgate por bóia de um náufrago que se debatia. Voltaram seus olhos e vi a xícara refletida em suas pupilas. Novamente a claridade e o aroma estavam presentes.

“Não, ainda não aconteceu, mas pode acontecer…”

Conta Carl Jung que um chefe indígena norte-americano dizia que a maioria dos brancos apresentava rostos tensos, olhos assustados e um ar muito cruel. Dizia que aparentemente os brancos sempre estavam buscando alguma coisa e perguntava: “O que eles estão buscando?” Dizia este chefe que os brancos estavam sempre querendo alguma coisa, sempre agitados e descontentes. Realmente os índios não sabiam o que eles desejavam. Na verdade eles achavam que os brancos eram todos loucos.

Sabio

Preocupar-se diz tudo quando se divide em “pré” e em “ocupar-se”. Estamos tão ocupados com o futuro que perdemos a chance de realmente vivenciar o presente. Provavelmente estamos preocupados em demasia na maior parte dos segundos da nossa vida.

O tempo como o definimos é uma ilusão, já que foi criado para eternizar/aprisionar momentos, e isso soa como impossível. Quando nos deparamos com esta ilusão nos perguntamos o que fazer, já que estamos aprisionados e condenados a viver em um mundo absolutamente dominado pelo tempo.

Livrar-se da escravidão do tempo significa sair da dependência psicológica do passado ou do futuro. Esta provavelmente é a maior conquista que a consciência pode ter. A consciência do presente é rara em nós, seres humanos desta dimensão. Temos fugazes lampejos vez ou outra deste nível de consciência, a consciência do agora. Normalmente quando sofremos um grande baque psicológico, uma grande perda por exemplo, ou quando nos encontramos em meio à natureza e suas maravilhas, estamos conscientes do agora. Porém, normalmente apenas vivemos em níveis diferentes de inconsciência, onde nos aprisionamos em passado e futuro, sem ter a real presença no agora.

A inconsciência poderia ser definida como a identificação que temos com nossas emoções, desejos, reações, aversões e pensamentos. É o estado normal da maioria das pessoas neste mundo. É o estado em que somos governados por nossa mente, onde a presença do Ser não está consciente. Estes conceitos estão descritos por Eckart Tolle em seu livro “O Poder do AGORA”. É uma leitura fascinante, vale a pena.

o-poder-do-agora

De acordo a Tolle, o estado normal de inconsciência provoca uma espécie de “ruído de fundo”, que não poderia ser definida como sofrimento, mas sim como um desconforto básico, como uma irritação causada por um ruído contínuo que não percebemos existir até que ele pare, e aí temos a sensação de alívio que isso causa. Muitos usam a bebida, as drogas, a comida, o trabalho, o sexo e outros “entretenimentos” para aliviar o desconforto básico do estado normal de inconsciência. O uso contínuo destes artifícios funciona como um vício, e o alívio é cada vez mais curto quanto mais são usados. O agravamento do desconforto causa um nível mais profundo de inconsciência, onde o que antes era apenas desconforto passa a ser real sofrimento. É quando temos a sensação de que as coisas “vão mal” e que estamos ameaçados em nossa sobrevivência futura. Estamos então no estado de “preocupados”.

Diz também Tolle que a melhor maneira de medir o nível de consciência é a maneira como lidamos com os desafios da vida. Quando eles surgem, a tendência das pessoas inconscientes é se tornarem mais inconscientes, ao mesmo tempo que uma pessoa consciente torna-se ainda mais intensamente consciente. É uma lei natural.

Portanto, podemos encarar os desafios como oportunidades para enfim acordarmos mais a nossa consciência; ou então; podemos deixar que os desafios agravem o nosso grau de inconsciência. Corremos o risco de levar o nosso sono para níveis tão profundos que nossos sonhos podem facilmente tornar-se pesadelos. A inconsciência cada vez mais profunda gera reações de medo e tentativas cada vez mais desesperadas de auto-preservação. O sofrimento está então instalado em nossos seres.

Por outro lado, a consciência cada vez mais desperta, através da observação do que está ocorrendo, aqui e agora, em nosso corpo e em tudo que nos cerca a cada segundo, é o sinônimo da presença no agora e a possibilidade de melhor lidar com as coisas que, de forma ilusória, “vão mal”.

O café naquela manhã branca de luz foi uma inundação nas consciências. Deixou de fazer sentido conversar sobre passado/futuro apenas com a observação da realidade do aroma intenso. A luz era forte; o verde das árvores era espetacular; e o café era reconfortante.

O agora inundava o assunto de luz e a pergunta sobre o futuro era apenas uma ilusão.

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Gratidão por estar em 2013

Agradeço a todos os amigos leitores do Blog por mais um ano de convivência e troca de idéias!
Um abraço a todos!

Vejam a seguir um vídeo para a nossa primeira reflexão desta nova era que se inicia neste ano, aproveitem!

http://www.youtube.com/watch_popup?v=prO85LDlvEA&feature=youtu.be

Sergio Tango

Raio Em Noite Quente

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As letras do Blog eram precisas e bem nítidas. Para ele, aquele cartão vermelho da foto de abertura da matéria era mais que um alerta:

“Recentemente o Grupo Empreenda, conceituada Consultoria empresarial de São Paulo, realizou uma pesquisa sobre as principais preocupações dos líderes empresariais hoje em relação ao seu futuro. Foi realizada com 201 profissionais no Brasil, entre os quais, 35% são presidentes ou líderes de empresas.

Quando perguntados sobre quais são os principais sintomas que atormentam suas empresas, 43,6% dos executivos responderam que são as estratégias, “brilhantemente arquitetadas, mas que não conseguem sair do papel e que nem sempre funcionam quando são implementadas”. Para 39,6%, o problema são as pessoas desmotivadas ou infelizes por não conseguirem desenvolver seu potencial ou pela falta de um significado para o trabalho e 37% apontaram como fonte de preocupação a retenção de talentos.

Na avaliação de 39,6% as causas desses sintomas são pessoas despreparadas. Para 33,5% a origem dos problemas está em um modelo de gestão ultrapassado e 22,8% apontam a falta de lideranças e de integração entre as áreas como principais motivos para esses tormentos empresariais…”

O aviso laranja do outlook chamava a atenção para as milhares de mensagens e ações a serem tomadas naquele mesmo instante. O calendário eletrônico e suas mensagens de compromissos atrasados batia intermitente. Droga, conferência telefônica daqui a 5 minutos… Vazio no estômago com gosto de muitos cafés.

“Nesta pesquisa, 48% dos executivos acreditam que as empresas devem promover muitas mudanças nos modelos de gestão, negócios e de liderança, entre 2013 e 2015. Já para 22,7%, as organizações devem transformar totalmente a forma de gerir seu desempenho e liderar pessoas…”

Enquanto clicava para desligar o aviso laranja e incômodo, a conversa de ontem entrou em sua consciência como onda em praia seca. O ruído da areia molhada de surpresa invadiu o ambiente de ar condicionado e ele pode até ouvir aquele chiado parecido com água em óleo quente, implacável, dominante. Já não podia mais considerar que aqueles minutos de conversa tinham sido somente mais uma típica e vazia conversa corporativa.

Como um doente que se dá conta de seus sintomas, tomou nota de algumas palavras no post-it que estava sobre sua mesa: “Gestão, pessoas, liderança, significado, estratégia.”

Foram longos segundos – o aviso laranja faz toda a dimensão do tempo caber em alguns segundos de piscar intermitente – de contemplação ao amarelo intenso do post-it antes de começar de novo o bailado dos clicks do mouse. Lia mensagens e tomava decisões instantâneas deixando a janela com aquele cartão vermelho gigante aparecendo num canto da tela.

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Foi interrompido pela onda que voltava drenando a areia e os seus pensamentos:

“Está na hora de reinventar as empresas, valorizando aspectos intangíveis e sepultando de vez os modelos de gestão que aprendemos no século passado”, afirma o cunsultor César Souza, autor do trabalho.”

Colou o post-it na parte superior da tela do notebook, bem próximo do cartão vermelho. A conversa requentada de ontem entrou como um raio em noite quente. Forte, nítido, abafado:

“Não creio que seja possível conciliar tudo o que temos que fazer com horas normais de trabalho, esqueça.” “É necessário uma energia nova, que possa dar muito mais que 100% de dedicação e acelere muito o processo.” “Acho até necessário balancear ritmo e qualidade, mas não dá para esquecer que temos que ser os vencedores, esta é a nossa estratégia! Temos que ganhar mais negócios acelerando todos os nossos processos!”. “Acho que nosso pessoal não está dando o suficiente gás para conseguir o que queremos.”

O post-it agora pulsava substituindo a luz eletrônica para os seus olhos. Pessoas, Gestão… Estratégia…significado…liderança…

O trovão daquele raio finalmente ecoou em sua mente, lembrando do velho automóvel que estava em reformas já há algum tempo. Difícil achar as partes, difícil porque já ultrapassadas. Não havia mais carburador, ou platinado. Não havia mais as lanternas e luzes convencionais. Outro paradigma estava instalado, não mais aquele dos seus 12 anos, quando aquele carro era a tecnologia a ser imitada. Simplesmente aquele modelo ficou velho, não há mais peças; apenas alguns colecionadores fazendo o trabalho histórico de não esquecer que já foi daquele jeito.

O futuro invade como o mar entra sem licença na praia seca, com ruído e tudo. Simplesmente o que era já não é, apenas foi. Na dança dos clicks de seu mouse, riu de si mesmo – já fui. Olhando o post-it pulsante veio um suspiro de alívio, tudo passa. Raios e ondas, modelos de gestão e pessoas, estilos de liderança e ambientes estressados.

Na janela do seu computador aparecia novamente o final da matéria do blog:

“Nesta pesquisa, 48% dos executivos acreditam que as empresas devem promover muitas mudanças nos modelos de gestão, negócios e de liderança, entre 2013 e 2015. Já para 22,7%, as organizações devem transformar totalmente a forma de gerir seu desempenho e liderar pessoas…”

Neste planeta os raios invadem as noites quentes e as ondas invadem as praias secas. Nada será como antes.

(quase) Sempre.

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A Geração do Terceiro Milênio – O Novo Modelo

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Este vídeo é sensacional, vale a pena conferir o que está se passando bem diante de nossos olhos, bem aí do seu lado.

Ninguém está fora deste fenômeno, ele está no seu cliente, no seu colega de trabalho e em você.

Vale conferir:

http://www.youtube.com/watch?v=F12DAS-ZNDY

Um abraço,

Sergio Tango

O Real Como Miniatura da Lembrança

Sorriso adocicado na bala oferecida – gentileza treinada: “O senhor quer um caramelo?”.

Vôo rápido com a soneca doída no ombro e a má postura no assento econômico. Rostos e sorrisos, bocejo com lágrima salgada; bagagens desajeitadas e mensagens ao celular religado.

Muito o quê fazer, um dia qualquer.

Lá fora o sol. Grande e amarelo de outros tempos, outro mundo. Sol mesmo, Sol amigo. A impressão do cheiro e a miragem da poeira vermelha no espelho de milhões de fragmentos brilhantes na claridade antiga. Um vôo para trás – 35 ou 40 anos? Uma vida.

No rosto o impacto. Uma lufada quente e amarela invadindo a memória, o verde ao longe, o cheiro, o ar. Menino de novo descendo a escada com computador, celular, paletó e dor no ombro.

Sorriso de espera, “bem-vindo” e a viagem para a cidadezinha distante, que saudade desta viagem em bicicleta – super longe, super quente, super aventura.

O paletó suado, celular tocando e computador. O menino na memória pedalava mais forte na descida para sentir o quente no rosto e o zunir na ponte estreita – blamblamblam de tábuas precárias e o reflexo do riacho correndo. Sombra de árvore, risada franca – zumbido de vespa, estilingue caprichado.

Uma avenida grande e limpa, igreja, praça, ar condicionado no carro veloz. Depois da identificação na entrada, o grande galpão cheio de garrafas coloridas – bebida da festa de Reis, onde, durante as canções, a Kombi empoeirada vende garrafas marrons com rótulos tortos – maçãzinha bem doce, bem melada, bem amada. Surge no fundo do tempo o som das garrafas batendo, o som da viola e da canção repetitiva – chinelos havaianas, terra vermelha, gente rindo na claridade escaldante.

Lá fora o Sol. O ar; o cheiro rude do mato verde.

Na volta o Posto São Pedro ao lado da Rodovia. “Passa devagar, passa devagar, acho que era aqui!” Muitos caminhões na cópia reduzida do espaço da memória, nenhum cheio de adesivos e com a carroceria de madeira pintada como um grande barco, cheio de bois. Memória do cheiro e do som, sempre do Sol, sempre do ar muito quente. O real como miniatura da lembrança.

Um sopro de saudade do caminho da casa dela, beijos demorados e a descoberta do arrepio do amor. A passarela sobre a pista dupla – a mesma.

Um shopping oásis com ar condicionado bem forte. Bem na vizinhança da casa dela, em algum lugar bem distante no registro de 35 anos. O estacionamento cheio e o estômago vazio. Vazio na memória, vazio de alma que se despedaça nas cores reais embotando o sépia da nostalgia. Vontade de rodar pneu.

Um montão de mensagens; conversa com os Estados Unidos, discussão sobre a visita em Potirendaba. E o Sol ali – amarelo. E o ar ali – inferno.

Turbilhão de pessoas no antigo campo de aviação. Aeroporto acanhado para a multidão de hoje – “Riopretinho” virado em “Riopretão”. Um misto de agonia e tristeza marcado pelo choro insistente do nenê no calor inclemente da sala de embarque.

Ar condicionado na cabine da volta; celular, computador e paletó suado.

“O Senhor quer um caramelo?”

Depois da Tempestade: Bem-vindos a 2012

2011; o mundo girando cada vez mais rápido, os dias são menores, as horas mais curtas. Perdemos a referência do tempo. Sucessão de acontecimentos intensos, importantes, nos dão a sensação de avançar nadando rio acima.

Tudo parece acontecer ao mesmo tempo, tempo de tudo junto; para todos é um pião desgovernado.

Pessoas girando em seus dramas passam ao alcance de nossas mãos e distantes de nosso abraço. As próprias feridas não permitem olhar para o lado – o contato se perde, o coração se apequena na solidão de tentar cuidar de si mesmo. Onde estão todos?

Estamos no auge do medo. Não sabemos o que virá. Apenas percebemos que o que era já não nos serve. Sentimos que algo vai romper e mudar, algo será transformado e tememos a violência do processo.

Vivemos o início de uma tempestade. Mudança de tempo, tempo de mudanças – Época de transformação.

Sentimos em nossos rostos as primeiras gotas e sentimos em nosso corpo o calafrio do vento cortante que já inicia o seu desvario de tormenta. Um frio na espinha contrasta com o suor gelado de urgência, de alerta e sobrevivência. A ansiedade do antes da chuva invade nossa alma todos os dias; ultimamente.

Uma tempestade toca o intocável; abre o trancafiado; revela o escondido; adentra o que era impenetrável. Som, luz, vento e chuva abrem seu caminho de transformação. O furacão deixa a trilha de mudança. Nada será como antes quando o vento acalmar.

No auge do desvario, difícil crer em transformação. No auge dos trovões, difícil escutar a bonança que seguirá.

Porém. Tudo passará. Tudo será transformado e transmutado, como um dia nos disse João Evangelista no texto do Apocalipse.

Teremos uma Nova Terra depois da mudança do nível de energia de nosso planeta que acontece nestes tempos. O ar estará límpido, o sol estará brilhando e os pássaros voltarão a cantar. Sob os escombros de uma antiga civilização doente e louca surgirá uma nova história de luz e amor. Os novos brotos de árvores e florestas surgirão fecundados pela tempestade – agora longínqua no passado.

Teremos um lugar onde o coração falará mais alto do que as preocupações pequenas que nos mantiveram acorrentados e infelizes por milênios neste planeta. O amor que nos apontou Jesus em sua passagem por aqui estará como a nova ordem de todos os acontecimentos. Uma nova luz estará brilhando.

O mau tempo gera muito medo e insegurança. O que fazer? Como passar pela tempestade?

Dizem que a primeira providência é preparar-se bem para ela quando o tempo ainda está límpido. Uma boa semeadura gera boa colheita, se estamos preparados, enfrentamos o desafio da passagem de forma segura e relativamente confortável.

Porém os pingos de chuva e o vento já estão em nossos rostos… Calma! É a segunda medida correta. Sem serenidade e sem consciência sobre o que deve ser feito, o caminho é o desastre. Tempestades acontecem e são fortes, mas sempre terminam!

A partir daí existem coisas muito simples a serem feitas.

Esteja junto a outras pessoas, dê sua mão aos seus entes queridos e aos seus próximos. Não fique sozinho. Atravessar o mau tempo em conjunto a outras pessoas é mais seguro e mais confortante. Abrace, olhe, beije, faça carinhos, diga palavras positivas e confortantes. Traga auxílio a quem não pediu, traga conforto a quem sente-se sozinho em seus dramas pessoais. Seja um aglutinador de esperança e de conforto, abra seus braços e abrace o seu próximo.

Em seguida abrigue-se. Sem um bom abrigo o mau tempo torna-se insuportável. Procure bem este abrigo, cuidado com os abrigos atrativos e fáceis de conquistar, geralmente são ilusões que ao primeiro vento podem ruir sobre sua cabeça. Deixe seu coração escolher o seu abrigo, ele vai saber o que fazer.

Quando encontrar seu abrigo, mostre-o aos seus entes queridos. Deixe que o coração deles sinta se aquele abrigo também os pode receber.

Estando abrigado e com os seus, faça a terceira parte: Agradeça pela tempestade. Agradeça pelo grande furacão que passa a carregar todos os desvarios, transformando a Terra inexoravelmente. Neste momento mágico faça sua prece e novamente agradeça por presenciar este momento tão importante em nosso planeta. Deixe seus pequenos dramas pessoais se dissolverem na água corrente, deixe o fluxo contínuo do vento e da chuva lavar os resquícios de mágoa, infelicidade, apego e ressentimento.

Ouse, entre no olho do furacão se for possível. Domine a consciência de que a transformação não é boa nem má, ela é apenas necessária e oportuna, viva a oportunidade! No olho do furacão a calma e a sabedoria pertencem à uma nova dimensão, são pertencentes à Nova Terra que teremos quando os ventos se acalmarem. Observe deste lugar os fatos girando, o tempo escoando e o mundo em vórtice. Respire fundo e aprecie a calma interior no olho do furacão. Novamente abrace seus entes queridos e agradeça.

A mensagem deixada há dois mil anos atrás está se realizando. Nesta época do ano celebramos o nascimento daquele que nos adiantou que isto aconteceria em nosso planeta se praticássemos o amor. É hora de tornar o sonho a realidade do pós-tormenta.

É apenas o início. Sejam bem-vindos a 2012.

O Calendário Maia

setango@windowslive.com

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