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Depois da Tempestade: Bem-vindos a 2012

2011; o mundo girando cada vez mais rápido, os dias são menores, as horas mais curtas. Perdemos a referência do tempo. Sucessão de acontecimentos intensos, importantes, nos dão a sensação de avançar nadando rio acima.

Tudo parece acontecer ao mesmo tempo, tempo de tudo junto; para todos é um pião desgovernado.

Pessoas girando em seus dramas passam ao alcance de nossas mãos e distantes de nosso abraço. As próprias feridas não permitem olhar para o lado – o contato se perde, o coração se apequena na solidão de tentar cuidar de si mesmo. Onde estão todos?

Estamos no auge do medo. Não sabemos o que virá. Apenas percebemos que o que era já não nos serve. Sentimos que algo vai romper e mudar, algo será transformado e tememos a violência do processo.

Vivemos o início de uma tempestade. Mudança de tempo, tempo de mudanças – Época de transformação.

Sentimos em nossos rostos as primeiras gotas e sentimos em nosso corpo o calafrio do vento cortante que já inicia o seu desvario de tormenta. Um frio na espinha contrasta com o suor gelado de urgência, de alerta e sobrevivência. A ansiedade do antes da chuva invade nossa alma todos os dias; ultimamente.

Uma tempestade toca o intocável; abre o trancafiado; revela o escondido; adentra o que era impenetrável. Som, luz, vento e chuva abrem seu caminho de transformação. O furacão deixa a trilha de mudança. Nada será como antes quando o vento acalmar.

No auge do desvario, difícil crer em transformação. No auge dos trovões, difícil escutar a bonança que seguirá.

Porém. Tudo passará. Tudo será transformado e transmutado, como um dia nos disse João Evangelista no texto do Apocalipse.

Teremos uma Nova Terra depois da mudança do nível de energia de nosso planeta que acontece nestes tempos. O ar estará límpido, o sol estará brilhando e os pássaros voltarão a cantar. Sob os escombros de uma antiga civilização doente e louca surgirá uma nova história de luz e amor. Os novos brotos de árvores e florestas surgirão fecundados pela tempestade – agora longínqua no passado.

Teremos um lugar onde o coração falará mais alto do que as preocupações pequenas que nos mantiveram acorrentados e infelizes por milênios neste planeta. O amor que nos apontou Jesus em sua passagem por aqui estará como a nova ordem de todos os acontecimentos. Uma nova luz estará brilhando.

O mau tempo gera muito medo e insegurança. O que fazer? Como passar pela tempestade?

Dizem que a primeira providência é preparar-se bem para ela quando o tempo ainda está límpido. Uma boa semeadura gera boa colheita, se estamos preparados, enfrentamos o desafio da passagem de forma segura e relativamente confortável.

Porém os pingos de chuva e o vento já estão em nossos rostos… Calma! É a segunda medida correta. Sem serenidade e sem consciência sobre o que deve ser feito, o caminho é o desastre. Tempestades acontecem e são fortes, mas sempre terminam!

A partir daí existem coisas muito simples a serem feitas.

Esteja junto a outras pessoas, dê sua mão aos seus entes queridos e aos seus próximos. Não fique sozinho. Atravessar o mau tempo em conjunto a outras pessoas é mais seguro e mais confortante. Abrace, olhe, beije, faça carinhos, diga palavras positivas e confortantes. Traga auxílio a quem não pediu, traga conforto a quem sente-se sozinho em seus dramas pessoais. Seja um aglutinador de esperança e de conforto, abra seus braços e abrace o seu próximo.

Em seguida abrigue-se. Sem um bom abrigo o mau tempo torna-se insuportável. Procure bem este abrigo, cuidado com os abrigos atrativos e fáceis de conquistar, geralmente são ilusões que ao primeiro vento podem ruir sobre sua cabeça. Deixe seu coração escolher o seu abrigo, ele vai saber o que fazer.

Quando encontrar seu abrigo, mostre-o aos seus entes queridos. Deixe que o coração deles sinta se aquele abrigo também os pode receber.

Estando abrigado e com os seus, faça a terceira parte: Agradeça pela tempestade. Agradeça pelo grande furacão que passa a carregar todos os desvarios, transformando a Terra inexoravelmente. Neste momento mágico faça sua prece e novamente agradeça por presenciar este momento tão importante em nosso planeta. Deixe seus pequenos dramas pessoais se dissolverem na água corrente, deixe o fluxo contínuo do vento e da chuva lavar os resquícios de mágoa, infelicidade, apego e ressentimento.

Ouse, entre no olho do furacão se for possível. Domine a consciência de que a transformação não é boa nem má, ela é apenas necessária e oportuna, viva a oportunidade! No olho do furacão a calma e a sabedoria pertencem à uma nova dimensão, são pertencentes à Nova Terra que teremos quando os ventos se acalmarem. Observe deste lugar os fatos girando, o tempo escoando e o mundo em vórtice. Respire fundo e aprecie a calma interior no olho do furacão. Novamente abrace seus entes queridos e agradeça.

A mensagem deixada há dois mil anos atrás está se realizando. Nesta época do ano celebramos o nascimento daquele que nos adiantou que isto aconteceria em nosso planeta se praticássemos o amor. É hora de tornar o sonho a realidade do pós-tormenta.

É apenas o início. Sejam bem-vindos a 2012.

O Calendário Maia

setango@windowslive.com

SETUP Ouvidoria & Soluções

Somos Terra – Exposição convida o sentir a vida na Terra

Exposição Somos Terra - Parque do Ibirapuera, São Paulo, 4 de junho a 10 de setembro de 2011

 

Neste ano, a IFF está patrocinando um livro interessantíssimo sobre a nossa relação com nosso planeta e com a sustentabilidade da vida. Trata-se do livro Somos Terra, de Ana Augusta Rocha. Este projeto, é bem mais amplo que apenas a edição deste maravilhoso livro, na verdade o livro é um dos componentes da Exposição Somos Terra. Abaixo transcrevo o texto de divulgação da exposição. Vale a pena conferir:
 
Idealizada pela jornalista Ana Augusta Rocha, este projeto é uma maneira de conhecer a vida na Terra. A Exposição, que acontece de 4 de junho a 10 de setembro na sede da UMAPAZ, localizada no Parque Ibirapuera, em São Paulo, conta a tragetória de tudo que faz parte do universo e forma o planeta Terra. De forma interativa, crianças e adultos passeiam pelos diversos estágios como ar, água, terra, flores e folhas. “A vida acontece toda em encadeamento, cada uma precisando da outra para viver em equilíbrio. E nós, humanos precisando de todos os seres pulsando em conjunto para a manutenção de nossa vida. Quando algum elo é quebrado, os problemas ambientais podem ficar imensos.” diz Ana Augusta Rocha, criadora do projeto através de sua Empresa, a Auana Editora.

 

A exposição Somos Terra é um convite a sentir nosso planeta vivo e pulsando. Uma instalação artística que busca através do sensorial, das cores e das luzes, criar uma experiência de encantamento pela natureza. Seus jogos e games interativos propõe uma conexão com o mundo natural através do lúdico e do divertimento. “Ao percebermos a pulsação de toda a vida – da água, do céu, das árvores e dos animais – passamos a nos relacionar de uma forma diferente com tudo, com mais envolvimento, com mais respeito, de uma forma colaborativa”, afirma Ana Augusta.

Somos Terra ocupa uma área de aproximadamente 500 m2 na sede da UMAPAZ – Universidade do Meio Ambiente e da Cultura de Paz – ligada a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Munícipio de São Paulo. A exposição fará parte da Virada Sustentável e foi criada pelo cenógrafo Marko Brajovic e equipe. Com cores e tecnologia, ele privelegia a arquitetura biomimética, que estuda as estruturas biológicas da natureza e suas funções.

Trecho do livro "Somos Terra" de Ana Augusta Rocha

Passo a passo para a Exposição:

Sala da Vida: através de projeções saberemos sobre a formação do Universo e do nosso Sistema Solar chegando a vida na Terra. *Sala da Água – os visitantes poderão interagir com o planeta, tocando-o. A Terra através de um iPad gigante.

Sala da Floresta: depois de “encontrar” (virtualmente) com um homem que habita as matas do Brasil e ouvir sobre a sua experiência de vida, os visitantes poderão interagir com a floresta e ficar “de olho no olho” com alguns animais.

Sala do Micro e do Macro: os visitantes se tornarão cientistas e descobrirão, olhando microscópios científicos, padrões da natureza. Depois serão convidados a ver que estes padrões são muito parecidos com o que vemos com os potentes telescópios que apontam para o Universo.

Sala das Conexões: a interação dos visitantes com uma pequena árvore criará música e cor na sala. “A música do encontro”, diz Ana.

Ao redor destas salas estarão disponíveis os conteúdos do livro que foi criado para o evento e será distribuido para os visitantes (alunos e professores). Também ao redor das salas os visitantes poderão sentir diversos perfumes e aromas da natureza, em dispositivos preparados especialmente para isso pela IFF (International Flavors & Fragrances).

Na saída, encontra-se a “Arvore dos Desejos”, onde os visitantes das escolas poderão depositar suas mensagens com seus desejos para o nosso planeta.

A entrada é gratuita.

UMAPAZ – Parque Ibirapuera – Av. IV Centenário, 1268, CEP 04030-000, São Paulo, SP tel: (11) 5572 8037, 5572 1004

De terça a domingo, 4/6/2011 a 10/9/2011; das 10h às 17h.

Não deixe de conferir!!

SETUP Ouvidoria & Soluções

setango@windowslive.com

 

 

Los Cardones del Valle

Cactus (Cardon) de Purmamarca - Argentina, 2010 - Foto Setango

“Cuando pienso en los Valles Calchaquies y sus habitantes no puedo dejar de recordar a los cardones. Originarios sin discusión, no necesitan certificar su origen. Conquistadores de todo el valle, sin questionamientos por su ocupación.

Los he observado muchas veces… vigilantes en las alturas de Quilmes y multitudinarios desfilando en el parque nacional. Parecieran un ejercito silencioso y formidable, resistiendo una nueva embestida de los mineros que pretenden hacer afloran lo que ellos ya dejaron bajo sus pies.

Los he visto en flor; embelleciendo la quebrada. Mayores, jovenes y pequeños, todos… como en un carnavalito corriendo ladera abajo.

En ocasiones los he sentido silenciosos en los peñascos… acompañando el sonido del viento, sin temblar por el frio y erguidos ante la tormenta, con la certeza de que sólo el rayo puede hacerlos claudicar.

Y en las noches, apenas iluminados por la luna, los sigo como en procesión de penitentes en busca de un refugio para así poder descansar.

Nuestras vidas son apenas unos dias en la de ellos, han sido testigos fieles de tanta historia, de toda aquella que hoy nos empeñamos en discutir.

Conviven en paz, en las zonas de mayor altura con sus hermanos, los pasacanas de la puna, sabedores de su condición de igualdad.

Cuando pienso en las tierras del Calchaqui no puedo dejar de recordar a los Cardones del Valle… humildes sobrevivientes hasta nuestros dias, de quienes deberiamos aprender un poco más.”

José Miguel Gauffin – “Valles, Quebradas y Puna” – 2010

Los Cardones del Valle - Cordilheira dos Andes - 2010 - Foto Setango

Valentina Monteiro – Arte

Aprecie a arte da Valentina Monteiro – www.valentinamonteiro.com

Aqui vai um pouco do que ela mesma define como o seu momento de criação, vale a pena esta viagem rumo ao seu Divino interior:

 VALENTINA MONTEIRO – O QUADRO

Tierra y Espíritu - Valentina Monteiro

Tierra y Espírito - Valentina Monteiro - Acrílica sobre tela.

 

“Deparo-me com o branco. Desafia-me. É ali, na rigidez e no vazio, onde vou trabalhar.

Mergulho na superfície do grande nada. Perco-me nessa ausência.

Vêm em meu socorro elementos, símbolos, plantas, frutos, animais – num bailar flutuante ao redor de mim.

Colho cada um a seu tempo, para alinhavar um a um delicadamente, conforme pedem pouso.

Paro um instante; expiro. Agora é o momento mágico: água e cor. Então o que era plano, superfície, rigidez, vazio, revela-se em profundidades, volumes, ondulações. Tudo é energia e movimento. A ausência não mais existe. A terra despeja toda sua fertilidade, através de seus frutos, abençoada pela sinuosa serpente emplumada, senhora dos ciclos da água e da vida. Surgem os animais de água salgada, nossos antepassados. Os anfíbios e répteis; ligação entre a água e a terra, nossos primeiros passos. As aves, mensageiras de sonhos, sustentadas pelo ar, respiração da terra. E ainda o jaguar, príncipe da noite, da magia e da transmutação.

Por fim, em algum lugar, a escada – consciência da ligação e da possibilidade dessa mesma manifestação do divino na matéria. Consciência de nossa própria divindade.

Já não existe mais a tela branca, nem mesmo as delimitações físicas das bordas do tecido.

O quadro alcança ser uma pequenina janela aberta ao universo da Unidade.”

Texto de Valentina Monteiro, março de 2010.

Veja mais da obra desta artista em www.valentinamonteiro.com